Brasil flag Brasil: Esboço econômico

Esboço econômico

Indicadores econômicos

O Brasil é a nona maior economia do mundo. O país ainda está a tentar reconstruir-se após a recessão que ocorreu há nove anos, quando a economia contraiu quase 7%. Desde então, o Brasil não tem sido capaz de crescer ao mesmo ritmo a que estava habituado durante a década anterior à recessão. No entanto, a economia brasileira tem vindo a registar uma recuperação lenta mas constante nos últimos anos. Após um crescimento de 2,9% em 2022, o primeiro semestre de 2023 assistiu a uma recuperação robusta da atividade económica, impulsionada por uma colheita agrícola excecional e por despesas familiares resilientes. As despesas de consumo continuaram a manter-se fortes no segundo semestre, apoiadas por um mercado de trabalho robusto, enquanto o investimento diminuiu, indicando uma maior sensibilidade ao ambiente de taxas de juro elevadas. Para o ano no seu conjunto, o FMI estimou o crescimento em 3,1%. Como as exportações agrícolas terão um impacto menor nos próximos anos, o crescimento do PIB deverá desacelerar para 1,5% este ano e 1,9% em 2025.

Em 2023, o Brasil registou um declínio significativo na sua posição orçamental devido ao lento crescimento das receitas, a aumentos substanciais das despesas, principalmente ligados à expansão das prestações sociais do Bolsa Família, e à resolução de pagamentos de precatórios pendentes. A Fitch projectou que o saldo primário da administração central se deteriorasse para um défice de 2,2% do PIB, contra um excedente de 0,5% em 2022. O saldo primário mais amplo do governo geral também piorou para um défice de 2% em 2023, de um excedente de 1,2% em 2022, devido a uma diminuição do excedente primário entre os governos subnacionais. Este facto, combinado com uma fatura de juros um pouco maior, elevou o défice global para cerca de 8 %. O orçamento de 2024 tem como objetivo um saldo primário federal de 0% do PIB. No entanto, a realização deste objetivo parece cada vez mais difícil, dadas as incertezas em torno das receitas e das despesas. O rácio da dívida pública em relação ao PIB retomou uma trajetória ascendente em 2023, atingindo 88,1% de 85,3% um ano antes (FMI), que deverá continuar ao longo do horizonte de previsão, com a dívida a situar-se em cerca de 92,4% do PIB em 2025. A inflação diminuiu acentuadamente ao longo de 2023, situando-se em média nos 4,5%, o que permitiu ao banco central flexibilizar a política monetária, reduzindo a taxa directora de 13,75% em julho para 12,25% em novembro de 2023.

O mercado de trabalho mostrou sinais de melhoria, com a taxa de desemprego a cair para 7,7% em setembro de 2023, o nível mais baixo registado desde junho de 2015. O crescimento do emprego foi impulsionado principalmente pelo sector dos serviços, em particular os serviços domésticos. No entanto, o governo acredita que os números reais são significativamente mais elevados, uma vez que se estima que quase dois quintos da força de trabalho empregada no país têm empregos informais. O FMI prevê que a taxa de desemprego se mantenha estável este ano e no próximo. Em geral, o país continua a enfrentar problemas sociais e tem um dos mais altos níveis de desigualdade do mundo, com grandes disparidades entre as regiões do país. Apesar de o Brasil ter retirado 28 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 15 anos, 10% da população ainda vive na pobreza, enquanto os 5% mais ricos do país têm o mesmo rendimento que os restantes 95% da população.

 
Indicadores de crescimento 20222023 (E)2024 (E)2025 (E)2026 (E)
PIB (bilhões de USD) 1.951,852.173,672.331,392.437,912.596,12
PIB (crescimento anual em %, preço constante) 3,02,92,22,12,1
PIB per capita (USD) 9.61210.64211.35211.80912.510
Saldo do Balanço de Pagamentos (em % do PIB) -6,3-8,0-7,2-5,7-5,4
Dívida Pública (em % do PIB) 83,984,786,789,390,9
Índice de inflação (%) 9,34,64,13,03,1
Taxa de desemprego (% da população economicamente ativa) 9,38,08,07,97,7
Balanço das transações correntes (bilhões de USD) -48,25-28,62-31,90-35,74-44,72
Balanço das transações correntes (em % do PIB) -2,5-1,3-1,4-1,5-1,7

Fonte: IMF – World Economic Outlook Database, 2016

Nota: (e) Dado estimativo

 
Indicadores monetários 20162017201820192020
Real (BRL) - Taxa cambial média anual em relação ao 1 GHS 0,870,730,800,750,92

Fonte: World Bank, 2015

 

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