Itália flag Itália: Investir na Itália

Investimento estrangeiro direto na Itália

O IDE em números

De acordo com o Relatório de Investimento Mindial de 2021, do UNCTAD, os fluxos caíram abruptamente em -388 milhões de dólares em 2020, abaixo dos 18 bilhões de dólares do ano anterior, devido a, principalmente, eclosão da pandemia da COVID-19, com a Itália sendo o país da Europa mais afetado pela disseminação do vírus (e o primeiro a recorer ao isolamento social). No mesmo ano, os estoque de IDE eram de cerca de 486 bilhões de dólares. Os investimentos são direcionados principalmente ao setor manufatureiro, atividades profissionais, atividades científicas e técnicas, TI, comércio atacadista e varejista e atividades financeiras e de seguros. De acordo com os últimos dados disponíveis, os dois setores mais atrativos para os investimentos estrangeiros em 2020 foram serviços voltados para negócios (13%), TI e software(12%) (EY). Além disso, outros serviços que cresceram, levando em conta o ano anterior, foram logística e atacado (12%), financeiro (8%) e farmacêutico (7%). Do total de 113 novos projetos voltados para financiar investidores estrangeiros em 2020 foi a área de marketing e vendas (EY). Os principais países investidores são o Luxemburgo (19,8%), França (18%), a Holanda (17,1%),  Reino Unido (13,8% - estatística da OCDE). De acordo com as últimas previsões da OCDE, na primeira metade de 2021 o total de investimentos na Itália se manteve em 6,7 bilhões de dólares, acima do fluxo negativo de 4,6 bilhões de dólares no mesmo período do ano anterior.

Entre as razões de investir na Itália, destaca-se o fato do país possuir um dos maiores mercados da União Europeia, com uma mão de obra qualificada e economia diversificada, é um dos principais países produtores do mundo e tem uma posição estratégica, na encruzilhada entre a Europa, o norte da África e o Oriente Médio. No entanto, altos custos processuais e tributários, além de processos administrativos lentos, altos custos trabalhistas, disparidades regionais, corrupção e crime organizado ainda estão entre os fatores que dificultam os investimentos no país. Com o intuito de promover maior atratividade para a Itália, em 2019 o governo criou a “InvestItalia”, uma agência dependente do Primeiro-Ministro que deve coordenar as atividades de promoção da Itália para atrair investimentos diretos estrangeiros. Além disso, o governo italiano alocou 23,8 bilhões de dólares em 2021-2021 para o plano "Indústria 4.0" com o objetivo de melhorar a competitiva do setor industrial por meo de uma mescla de medidas políticas, crédito fiscal  e fundo para pesquisa e infraestrutura.  O governo também alterou a lei "Golden Power", que lhe dá autoridade para bloquear aquisições estrangeiras de empresas que operam em setores estratégicos (incluindo redes 5g). A Itália ocupa o 58º lugar no relatório Doing Business de 2020, do Banco Mundial, perdendo sete posições em relação ao ano anterior.

 
Investimento Estrangeiro Direto 202020212022
Fluxo de entradas de IDE (milhões de USD) -23.622-8.95619.947
Estoques de IDE (milhões de USD) 490.197449.962448.493
Número de investimentos greenfield* 169236274
Value of Greenfield Investments (million USD) 10.02219.84825.437

Fonte: UNCTAD, Últimos dados disponíveis

Nota: * Os investimentos greenfield correspondem à criação de filiais ex-nihilo pela sede.

 
Comparação internacional da proteção dos investidores Itália OECD Estados Unidos Alemanha
Índice de transparência das transações* 7,0 6,5 7,0 5,0
Índice de responsabilidade dos gerentes** 4,0 5,3 9,0 5,0
Índice de poder dos acionistas*** 6,0 7,3 9,0 5,0

Fonte: Doing Business, Últimos dados disponíveis

Nota: *Quanto maior for o índice, mais as transações são transparentes. **Quanto maior for o índice, mais os gerentes são pessoalmente responsáveis. *** Quanto maior for o índice, mais os acionistas têm o poder de defender os seus direitos.

Return to top

Por que escolher investir na Itália

Pontos fortes

Os pontos fortes da Itália são:

  • A Itália possui um setor industrial forte e que continua importante (19% do PIB em 2017), além de um ecossistema de exportação forte e diversificado;
  • As PME italianas são, portanto, muito competitivas com as exportações;
  • A Itália abriga grandes feiras que atraem compradores de todo o mundo. Por exemplo, a Expo 2015 em Milão atraiu cerca de 20 milhões de visitantes de todo o mundo;
  • Infraestrutura muito boa (embora díspar, dependendo da região);
  • Mão de obra qualificada com conhecimento técnico e experiência em produção e turismo de alta qualidade;
  • O governo está buscando um reposicionamento econômico estratégico: o governo reformista em 2015-16 criou novas oportunidades em vários setores e já começou a se retirar de vários setores de baixo potencial, como energia e telecomunicações;
  • As reformas do mercado de trabalho e do setor bancário foram implementadas e estão começando a dar frutos.
Pontos fracos

Os pontos fracos da Itália são:

  • Altos custos processuais e processos administrativos lentos, que diminuem significativamente o processo de iniciar um negócio;
  • Um sistema bancário frágil;
  • Fraca aplicação dos direitos de propriedade intelectual;
  • Corrupção e crime organizado que afetam a confiança dos negócios e, portanto, diminuem significativamente o investimento e o desenvolvimento;
  • Os custos de mão de obra são altos e a produtividade mal aumentou nos últimos 15 ano. Fato que pode ser explicado, entre outras coisas, pela especialização da Itália em setores de baixo e médio valor agregado;
  • Investimento estatal em P&D permanece baixo;
  • As dívidas públicas e privadas são altas e criam um ambiente de negócios rígido, porque o Estado precisa impor pesados impostos;
  • O desemprego permanece grande (11,2% em 2017) e dificulta a confiança das famílias;
  • A disparidade regional entre o norte e o sul é bastante acentuada: por exemplo, a infraestrutura em algumas regiões, particularmente no sul, é baixa;
  • Instabilidade política, com um governo populista dividido.
As medidas implementadas pelo governo
O governo apoia o IDE por meio de créditos fiscais, incluindo 25% para investimentos privados em P&D (50% por projetos com universidades ou instituíções de pesquisas) e 15% para investimentos em maquinarias e bens de capital. Além disso, o apoio público é concedido para novos investimentos nos setores de manufatura e P&D, especialmente nas regiões do sul do país.

Em 2015, a Lei de Estabilidade e o Decreto de Compromisso de Investimento estabeleceram:
- Caixa de Patentes - isenção parcial de imposto sobre os rendimentos provenientes de patentes, Know-how e marca registrada, caso suas atividades em P&D forem realizadas por uma empesa italiana.
- Crédito fiscal de P&D avançado.
- Dedução completa do imposto local sobre o custo de mão de obra para empregados contratados em uma base permanente.
- Extensão dos incentivos fiscais concedida às star-ups de tecnologia e Pequenas e Médias Empresas inovadoras.
- Refinanciamento de créditos tributários anteriorires/ incentivos para compras de equipamento industriais.

Em setembro de 2016, o governo lançou o "indústria 4.0", um plano industrial de três anos que busca impulsionar o investimento privado em setores de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, o governo planeja implementar cortes de impostos sobre o investimento em 2017. Por fim, reformas estruturais são realizadas em outras áreas, tais como: administração, organização tributária, combate à fraude ou educação e mercado de trabalho (Lei de Empregos). A lei sobre "proteção da poupança no setor bancário", conhecida como "savla risparmio", visa fortalecer a confiança das famílias no setor bancário.

O site Agência de Comércio Italiana Invest in Italy  põe à disposição um guia de auxílios à implantação de negócios na Itália.

Bilateral investment conventions signed by a Itália
A Itália assinou convenções bilaterais com quase cinquenta países.
Para ver as convenções, clique aqui.

Return to top

Alguma observação sobre este conteúdo? Fale conosco.

 

© eexpand, todos os direitos de reprodução reservados.
Últimas atualizações em Dezembro 2023